Laboratório de Hipnose Forense do Paraná é destaque em Congresso Internacional 02/04/2015 - 09:30

O Laboratório de Hipnose Forense do Instituto de Criminalística do Paraná - o único da América Latina - foi destaque no Oitavo Congresso de Hipnose Terapêutica e Técnicas Relacionadas (Hipnosantiago 2015) acontecido de 16 a 20 de março na cidade de Santiago, Cuba. O evento é voltado para a discussão sobre abordagens, conceitos e técnicas entre especialistas praticantes da hipnose como um modelo de tratamento e investigação.

O chefe da instituição e médico psiquiatra, doutor Rui Fernando Cruz Sampaio, ministrou curso sobre essa prática que tem um tratamento particular no tocante às apurações policiais. "É sempre uma excelente oportunidade para expor de que maneira essa categoria de tratamento pode dar mais credibilidade ao Instituto de Criminalística e à Segurança Pública", destaca.

Sampaio teve a oportunidade de apresentar a estrutura e o funcionamento do Laboratório de Hipnose e os últimos trabalhos realizados, cuja técnica é útil em vítimas ou testemunhas de crimes que sofrem bloqueio mental e não conseguem se lembrar de como o fato aconteceu devido a transtorno pós-traumático. Geralmente, os pacientes são encaminhados por meio dos delegados responsáveis pela investigação e por peritos do Instituto de Criminalística. O psiquiatra ainda conta que a Hipnose Forense tem ajudado de forma surpreendente os retratos falados, na construção detalhada das imagens de agressores e praticantes dos mais diversos delitos.

Desde que foi criado, em 1999, o laboratório ajudou a elucidar 800 casos e hoje é referência no Brasil e exterior sobre o assunto. "Já atendemos casos que vão de São Paulo a Roraima. Aumenta cada vez mais a consciência de que somente com a hipnose é possível capturar imagens e lembranças cruciais para dar continuidade a casos de difícil solução", conta Sampaio.

Histórico

O Laboratório de Hipnose Forense foi inaugurado em setembro de 1998 e funcionou até outubro de 2008, quando foi desativado. O serviço reiniciou as atividades em dezembro de 2011 e é considerado o único da América Latina especializado no uso desta técnica para colaborar com a investigação de crimes. A técnica já ajudou a solucionar casos até 14 anos após o ocorrido. A reativação do laboratório faz parte do Programa Paraná Seguro, lançado no governo Beto Richa, que realizou diversos investimentos na área de segurança como também a contratação de novos policiais para as polícias Científica, Civil e Militar e aquisição de novas viaturas.

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