Laudos da Polícia Científica confirmam o disparo de tiros contra a caravana do ex-presidente Lula
06/04/2018 - 16:40
Em entrevista coletiva realizada ontem (05) no auditório da sede da Polícia Científica, foram apresentados os resultados das perícias dos ônibus que participavam da caravana do ex-presidente Lula em Laranjeiras do Sul, região central do Paraná. O caso aconteceu no dia 27 de março, e no total foram disparados dois tiros contra um único ônibus, além de uma outra marca que não contém chumbo, portanto deve se tratar do arremesso de uma pedra.
Segundo o perito criminal Inajar Kurowski, os disparos devem ter sido feitos a uma distância de aproximadamente 18,9 metros a direita do veículo, a 4,36 metros acima do coletivo. Devido a localização do atirador, é provável que o tiro tenha sido feito de algum barranco. Também se sabe que os tiros vieram de trás do veículo, por conta da angulação das perfurações. Os projéteis não chegaram a atravessar a lataria, por conta de terem saído de uma arma calibre 32, muito fraca para fazer tal perfuração. Ainda segundo Kurowski, pode-se afirmar que tanto o projétil como a arma são muito antigos, tanto que a munição não é mais fabricada. A perícia também concluiu que não é possível saber se o ônibus estava parado ou em movimento: “É preciso fazer uma relação entre a velocidade do projétil e a velocidade do ônibus. Mesmo que estivesse na estrada a 120 km/h, é uma velocidade insignificante em comparação com a bala”, explica.
Os ônibus também tiveram seus pneus furados por “miguelitos” (estruturas de metal com pontas afiadas), e foram atingidos por ovos. Segundo o Diretor do Instituto de Criminalística, Dr. Marco Antônio de Souza, os resultados saíram em um tempo satisfatório: “Nós pudemos dar a atenção devida num curto espaço de tempo. Recebemos a demanda um dia após o ocorrido, e designados os peritos, foi um trabalho de 36 horas”, explica.
O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil, e já foram feitas cerca de 15 entrevistas com passageiros do ônibus e policiais rodoviários. Para o Diretor Geral da Polícia Científica, Dr. Hemerson Bertassoni Alves, é importante destacar o trabalho em conjunto do Instituto de Criminalística com o Instituto de Laboratórios, e no geral foi um trabalho bem-sucedido: “A Polícia Científica se sente honrada e feliz em conseguir fechar os trabalhos científicos em relação ao ocorrido na caravana do ex-presidente Lula.”
Perícia Audiovisual
Além disso, foram feitas perícias em vídeos de câmeras de segurança gravados pelo sistema de pedágios da região. A caravana passou por uma praça supostamente depois do acontecido, mas por conta da baixa qualidade das imagens e baixa taxa de quadros por segundo, a perícia ficou prejudicada. O responsável pela análise das imagens foi o perito criminal Lucas de França Leviski, e segundo ele não foi possível tirar conclusões, mesmo após os processos de melhoramento feitos pelo setor de Perícias Audiovisuais: “Infelizmente isso impossibilita um pronunciamento categórico sobre a existência ou não das marcas de disparo”, conclui Leviski.
Segundo o perito criminal Inajar Kurowski, os disparos devem ter sido feitos a uma distância de aproximadamente 18,9 metros a direita do veículo, a 4,36 metros acima do coletivo. Devido a localização do atirador, é provável que o tiro tenha sido feito de algum barranco. Também se sabe que os tiros vieram de trás do veículo, por conta da angulação das perfurações. Os projéteis não chegaram a atravessar a lataria, por conta de terem saído de uma arma calibre 32, muito fraca para fazer tal perfuração. Ainda segundo Kurowski, pode-se afirmar que tanto o projétil como a arma são muito antigos, tanto que a munição não é mais fabricada. A perícia também concluiu que não é possível saber se o ônibus estava parado ou em movimento: “É preciso fazer uma relação entre a velocidade do projétil e a velocidade do ônibus. Mesmo que estivesse na estrada a 120 km/h, é uma velocidade insignificante em comparação com a bala”, explica.
Os ônibus também tiveram seus pneus furados por “miguelitos” (estruturas de metal com pontas afiadas), e foram atingidos por ovos. Segundo o Diretor do Instituto de Criminalística, Dr. Marco Antônio de Souza, os resultados saíram em um tempo satisfatório: “Nós pudemos dar a atenção devida num curto espaço de tempo. Recebemos a demanda um dia após o ocorrido, e designados os peritos, foi um trabalho de 36 horas”, explica.
O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil, e já foram feitas cerca de 15 entrevistas com passageiros do ônibus e policiais rodoviários. Para o Diretor Geral da Polícia Científica, Dr. Hemerson Bertassoni Alves, é importante destacar o trabalho em conjunto do Instituto de Criminalística com o Instituto de Laboratórios, e no geral foi um trabalho bem-sucedido: “A Polícia Científica se sente honrada e feliz em conseguir fechar os trabalhos científicos em relação ao ocorrido na caravana do ex-presidente Lula.”
Perícia Audiovisual
Além disso, foram feitas perícias em vídeos de câmeras de segurança gravados pelo sistema de pedágios da região. A caravana passou por uma praça supostamente depois do acontecido, mas por conta da baixa qualidade das imagens e baixa taxa de quadros por segundo, a perícia ficou prejudicada. O responsável pela análise das imagens foi o perito criminal Lucas de França Leviski, e segundo ele não foi possível tirar conclusões, mesmo após os processos de melhoramento feitos pelo setor de Perícias Audiovisuais: “Infelizmente isso impossibilita um pronunciamento categórico sobre a existência ou não das marcas de disparo”, conclui Leviski.