Polícia Científica do Paraná celebra o Dia Internacional da Mulher 07/03/2024 - 18:10
Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Polícia Científica do Paraná celebra as policiais científicas que atuam na instituição e exercem sua profissão de forma tão dedicada. Um levantamento feito através do Portal da Transparência mostrou que de todas as Forças de Segurança do Paraná, a PCP é a que tem o maior percentual de mulheres em seu quadro, com 31% de servidoras. Isso mostra que o caminho das mulheres no âmbito técnico-científico está cada vez mais abrangente e o espaço vem sendo conquistado com profissionalismo e dedicação.
A perita criminal Odete Marquini é uma das servidoras que está há mais tempo na ativa na PCP, ela ingressou no serviço público em 1993. Atualmente ela trabalha em Londrina, na seção de Documentoscopia, mas ao longo da carreira atuou também na Localística e na Balística de Londrina, e fez ainda muitos anos de plantão em Guarapuava, Cascavel e Foz do Iguaçu.
“Na época em que fui nomeada perita criminal, numericamente falando eram poucas mulheres comparado ao esmagador contingente masculino. Digamos que nessa época aos olhos do povo uma mulher que fazia parte da Força Policial era dotada de certa excentricidade, para não dizer esquisitice, aos meus olhos eram e são mulheres arrojadas.”
Odete também reflete sobre o avanço das mulheres na aquisição de conhecimento e no campo profissional ao longo dos anos. “O ingresso das mulheres nas Universidades passou de tímido para maioria, o ingresso na vida profissional foi atingido por aprimoramento intelectual e cultural e a consolidação como peça indispensável em todos os espaços profissionais, inclusive na Polícia Científica se deu pelo conhecimento científico, competência e dedicação que caracterizam as nossas profissionais, ouso dizer também que essas mesmas qualidades coincidem com as características que elevam à excelência a nossa Polícia Científica do Estado do Paraná."
A chefe do necrotério e técnica de perícia Camilla Gazolla explica que as profissionais que atuam no setor desenvolvem o trabalho com profissionalismo e dedicação. “A presença das mulheres nesse contexto é extremamente valiosa. Elas atuam na necropsia com suas competências técnicas, empatia e sensibilidade, desempenhando um papel crucial no tratamento respeitoso dos corpos e no apoio aos familiares das vítimas. A presença das mulheres nesse ambiente não apenas reflete a igualdade de oportunidades, mas também contribui significativamente para a eficácia e humanização desse processo essencial para a sociedade.”, informou Camilla
A perita criminal Dayse Souza, que atua no laboratório de Toxicologia, descreve o seu orgulho de trabalhar na PCP. “Trabalhar no laboratório de toxicologia forense da Polícia Científica do Paraná é um grande prazer para mim. Como tenho um perfil profissional bastante curioso, gosto muito de estudar e estar sempre pensando em melhorias para o setor e sinto muita abertura por parte dos meus colegas e chefia para expor opiniões, ideias e sugestões de mudanças e para colocá-las em prática também, o que me traz muita satisfação profissional.”
O espaço conquistado pela mulher é inegável em todas as áreas, o trabalho feminino na ciência e na segurança pública é reconhecidamente de excelência. Mas há muito ainda para ser debatido, visto que as mulheres ainda enfrentam muitos obstáculos em sua trajetória profissional e pessoal. Levantar e debater essas questões é de suma importância para uma sociedade mais justa.