Polícia Científica empossa maior contratação da história da instituição 21/06/2022 - 17:00
O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), nomeou 91 novos servidores que atuarão na Polícia Científica do Paraná. O número, que engloba 87 peritos oficiais e quatro agentes auxiliares de perícia, é a maior contratação da história da instituição, que recebeu mais de 300 profissionais desde 2019. Além da posse de cargo, a solenidade também abriu o Curso de Formação dos profissionais. A solenidade ocorreu na na manhã desta terça-feira (21), no auditório da Sesp.
A contratação destes 91 profissionais faz parte do plano de recompletamento do quadro de servidores da Segurança Pública. O objetivo do Estado é garantir um atendimento mais eficaz e ágil para a população. “Este é um investimento do Governo em recompor a Polícia Científica. A instituição já teve o menor efetivo da Sesp e hoje oficializamos a maior contratação da história deles”, destacou o secretário da Pasta, Wagner Mesquita de Oliveira.
Além de ampliar os trabalhos e reduzir a pressão em quem já atua, o secretário destacou que, após o curso, os novos servidores aceleraram o atendimento prestado à população. “Isso vai trazer mais rapidez e celeridade de resposta ao trabalho da polícia técnico-científica e da própria Segurança Pública. Recentemente, elucidamos casos emblemáticos, como o da Rachel Genofre e do Leandro Bossi, graças ao trabalho da Polícia Científica”, afirmou Mesquita.
Depois de 12 anos de atuação na corporação, o diretor-geral da instituição, perito Luiz Rodrigo Grochocki, acredita que a cada ação, a cada dia de trabalho, as pessoas deixam sua marca no local e na própria trajetória da PCP. “Toda instituição é feita por pessoas, são elas que constroem a história. O passado é feito pelo presente, assim como o futuro. Então, quando estes novos profissionais olharem o que fizeram no passado, percebam que escreveram e realmente fizeram a história da instituição”, destacou.
RECOMPLETAMENTO DE EFETIVO - Em 2019, no início da gestão, o efetivo da Polícia Científica era de cerca de 19% do quadro programado, que tem 1.478 vagas. Por conta da crise econômica mundial e da pandemia da Covid-19, ocorreram algumas restrições de contratação de servidores nos anos de 2020 e 2021. Mesmo assim, nos últimos quatro anos, com esta nomeação, a instituição já recebeu 315 novos profissionais.
“O concurso para integrar a Polícia Científica é muito difícil, muito concorrido, então são talentos que estamos recebendo. O curso de formação tem uma grade inédita, com trilhas de conhecimentos para que sejam desenvolvidas competências para chegarmos aos resultados que objetivamos, que são os exames periciais”, afirmou Grochocki.
CURSO DE FORMAÇÃO - De acordo com o diretor-geral da Polícia Científica, após concluir cada trilha de conhecimento do Curso de Formação de Peritos Oficiais e Agentes Auxiliares de Perícia, sob responsabilidade da Academia de Ciências Forenses da instituição, os alunos terão que responder a um teste de proficiência, para ver se eles têm aptidão para desenvolver o trabalho. Os peritos oficiais são responsáveis pela análise, pesquisa e exame de vestígios, visando elucidar crimes e identificar autores. Já os auxiliares de perícia trabalham na colheita de materiais e operações técnicas.
O curso de formação terá uma programação extensa e abordará todos os temas inerentes à função, como noções de Direito, Medicina Legal e todas as áreas da perícia legal, tiro, grafo (reconhecimento de letras), local de crime (localística) e balística. Além disso, também será abordado o atendimento à população.
“Nesse curso, foi levado em conta não só a parte técnica, que é muito importante, mas também a parte de empatia e saúde mental e o atendimento à população. O curso irá durar até janeiro de 2023, e abordará as temáticas teóricas, onde serão aplicados simulados e a prática, com estágio nas unidades do interior e nas seções de Curitiba”, explicou o diretor da Academia de Ciências Forenses, Emilio Merino de Paz Junior.
Para o engenheiro civil e agora perito da instituição e aluno do curso, Pedro Isaque Andrade, a expectativa é que o conhecimento adquirido o ajude a se tornar um profissional ainda melhor e mais preparado para atender a população e as demandas da instituição. “Eu resolvi entrar na Polícia Científica por acreditar na importância dela e para colaborar na elucidação de crimes”, disse.
O diretor do Instituto de Criminalística, Ciro José Cardoso Pimenta, explica que essas novas contratações impactam nos serviços prestados à população. “As contratações dos novos servidores é de suma importância para a Polícia Científica, através delas conseguimos ampliar o serviço oferecido pela instituição em todo o Estado do Paraná”, afirmou.
Nos últimos dois anos, segundo ele, com a contratação dos novos peritos, possibilitou, por exemplo, a inauguração de oito novas unidades da criminalística no interior do Estado, o que reforçou as atividades dos laboratórios e resultou na redução no tempo médio de emissão de laudos.
“Também houve um reforço no atendimento das clínicas médicas, com a contratação dos novos médicos-legista. Sabemos que ainda existe um caminho a percorrer, mas os avanços feito nessa gestão são significativos, o que está diretamente ligado ao atendimento de excelência que prestamos a sociedade”, completou Ciro.