Polícia Científica participa de reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira 10/10/2013 - 11:20

O diretor-geral da Polícia Científica, Leon Grupenmacher, participou, na tarde desta quinta-feira (10), da reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI), na sede do BPFron, em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Estado, onde o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, anunciou a criação do Pelotão Comando Operações Busca e Repressão Anfíbio (Cobra), grupo qualificado junto à Marinha, subordinado ao Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). O Paraná passa a contar com um grupo especializado em apreensões e operações aquáticas na região de fronteira do Estado.

“O Pelotão Cobra reforça o policiamento na região de fronteira. O grupo atuará no Lago de Itaipu e arredores para fazer o patrulhamento aquático. É mais uma ação de segurança pública do Governo do Paraná específica para a região”, afirma Vasques.

De acordo com o comandante do BPFron, major Erich Osternack, o grupo foi estruturado para combater situações clandestinas, operações irregulares de travessia e outros crimes. “O Pelotão Cobra está altamente preparado e treinado para atuar no Lago de Itaipu e no Rio Paraná. Recebemos hoje três embarcações potentes que permitem velocidade e autonomia na água para interceptar qualquer tipo de embarcação clandestina que trafegue na área”, explica.

NOVOS EQUIPAMENTOS – Durante o anúncio do novo pelotão, a secretária nacional da Segurança Pública, Regina Miki, entregou ao Paraná diversos equipamentos adquiridos com recursos do programa Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), do governo federal. São 80 capacetes à prova de bala, 25 escudos e 10 coletes balísticos, 18 GPSs, 62.750 mil munições, 18 binóculos, três embarcações Gamper e 35 carabinas. Os equipamentos vão reforçar o policiamento da região e investimento de mais de R$ 1,5 milhão.

“A nossa parceria com as secretarias estaduais de Segurança Pública é fundamental em todos os estados de fronteira. Nós buscamos, dentro do diagnóstico de cada localidade, aportar aquilo que é necessário na indução da política nacional para tornar estas fronteiras menos vulneráveis”, comenta a secretária.

BALANÇO – De abril a setembro de 2013, foram apreendidas mais 100 toneladas de drogas em toda a região de fronteira do Estado, segundo levantamento apresentado pelo coordenador do GGI na fronteira, capitão Márcio Skovronski Serbai.

Esse resultado é decorrente de ações integradas entre as forças municipais, estaduais e federais de segurança, planejadas nas reuniões do GGI. “As reuniões do GGI ajudam na prevenção de crimes na área. Com essas reuniões periódicas definirmos ações para reduzir os índices de criminalidade na região”, explica o capitão. “No GGI nós não temos uma visão individual da atuação de cada força de segurança. Trata-se de um planejamento envolvendo todas as forças para uma visão geral do que está acontecendo”, complementa.

PARCERIA - O coronel Péricles de Matos, que representou o comando da Polícia Militar no evento, ressalta que a reunião é importante pela comunicação com as outras forças de segurança, além de prestar contas à sociedade. “Com a reunião alinhamos esforços com as outras forças operativas que trabalham na segurança pública na região de fronteira e harmonizamos esforços. Hoje não podemos falar em segurança pública sem mencionar uma gestão compartilhada. Temos o cooperativismo em torno das operações de segurança e quem sai beneficiado é o cidadão”, avalia.

O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Luiz Gilmar da Silva, lembra que o GGI colabora para o combate ao narcotráfico e a outros crimes não somente na região de fronteira, mas em todo o Paraná e ainda em outros estados. “É uma troca de conhecimento, experiência e informação com todas as forças da estrutura da segurança pública. Esta integração contribui para inibir que o tráfico entre no País pela área de fronteira e chegue às grandes cidades”, afirma.

COMBATE - O Paraná montou um cinturão de proteção para a faixa de fronteira com 447 quilômetros de extensão, que abrange 139 municípios, além do Lago de Itaipu, que possui na margem brasileira 1,4 mil quilômetros, incluindo 16 cidades. Além do GGI, o Governo do Paraná criou o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) para uma atuação específica na localidade.

Também participaram do evento o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Luiz Froehlich; o presidente da Câmara Municipal, vereador Ilario Hofstaetter; o chefe de gabinete da Secretaria da Segurança Pública, Walter Gonçalves; o comissário principal da Polícia Nacional do Paraguai, Adalide Brizuella; o secretário-geral da polícia argentina, Augusto Aníbal Lima; o chefe da Tríplice Fronteira da Interpol, Daniel Peres; o representante do Ministério da Segurança da Argentina, Santiago Martins; o delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Rucardo Cubas Cezar; representantes do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e demais forças de segurança.

*Com informações da Secretaria da Segurança Pública.

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