A Polícia Científica do Paraná (PCP) promoveu através da Academia de Ciências Forenses um curso sobre destruição de vestígios balísticos na Unidade de Execução Técnico-Científica (UETC) Tarumã. Ao todo, 36 servidores da Polícia Científica participaram do curso, que foi realizado entre fevereiro e março.

A capacitação teve como objetivo qualificar os servidores do interior do estado para realizar o procedimento de envio de materiais bélicos (armas de fogo, munições, acessórios e demais artefatos de natureza similar) ao comando do exército brasileiro para destruição, com o devido registro de todos os documentos e procedimentos no Sistema Gestor de Laudos (GDL). 

A destruição de vestígios segue de acordo com a determinação do poder judiciário e regulamentado pelo provimento conjunto 05/2019 do Tribunal de Justiça do Paraná, através do Sistema de Controle de Destruição de Armas (SCDA).

“O curso foi uma importante iniciativa da PCP para capacitar os servidores sobre os procedimentos e encaminhamentos necessários para a destruição de materiais bélicos. Esperamos aumentar a capacidade de processamento desses materiais que representam uma significativa parcela de vestígios periciados pela Polícia Científica do Paraná”, afirmou o diretor operacional da PCP, Ciro Pimenta.

A Divisão de Tecnologia da PCP, em conjunto com a Divisão de Custódia e a Seção de Balística da UETC Visconde/Curitiba, iniciou, em 2023, o desenvolvimento do Sistema de Controle de Destruição de Armas, com o objetivo de aumentar a segurança dos dados, padronizar e acelerar o processo que antecede o envio dos vestígios. O sistema foi desenvolvido pelo perito oficial criminal da PCP, Rodrigo Zornita Gaspar, em parceria com o técnico de perícia, Adriano Saldanha Carneiro, responsável pela destruição dos vestígios balísticos da UETC Visconde. A primeira versão começou a ser utilizada em junho de 2023, permitindo que o controle de destruição fosse iniciado pelo sistema.

“A implementação do SCDA vem ao encontro do aprimoramento da cadeia de custódia em nossa instituição. Junto à padronização do processo e procedimentos, aprimoramos a escalabilidade e indicadores de produtividade, bem como a segurança da destinação final destes vestígios”, informou Gaspar.

“Com a aplicação do conhecimento adquirido durante o curso e utilizando os materiais de apoio, certamente daremos um salto na quantidade de vestígios destruídos junto ao exército brasileiro nos próximos meses”, disse Carneiro.

As medidas visam descentralizar e otimizar os processos relativos à destruição de armas de fogo, evitando-se o acúmulo de materiais de elevado risco nas Unidades, permitindo a rotatividade de espaço físico nas Centrais de Custódia e aumentando o número de armas a serem destruídas mensalmente. O envio destes vestígios já ocorria através da UETC Visconde/Curitiba desde agosto de 2021 e pela UETC Maringá desde agosto de 2022. 

Após o curso, todas UETC’s da PCP que examinam e custodiam esse tipo de vestígio serão capazes de realizar o envio destes materiais ao comando do exército da sua região.