A autoria da morte de Maria Aparecida Vechia, 55 anos, que teve seu corpo esquartejado e queimado pelos inquilinos em Araucária, região metropolitana de Curitiba, só pode ser revelada graças ao trabalho da perícia no local do crime. Como reconhecimento do trabalho, a Polícia Civil manifestou agradecimentos a Polícia Científica, em especial a perita criminal que atendeu a ocorrência.

De acordo com o delegado Guilherme Mauricio Wall Fagundes, titular da Delegacia de Araucária, sem o apoio do Instituto de Criminalística e o trabalho da perita criminal Maria Cristina Cordeiro, a equipe policial não teria sucesso na investigação, que acarretou na prisão dos suspeitos.

A polícia ouviu parentes, vizinhos e amigos, bem como inquilinos da vítima. Causou estranheza os inquilinos dizerem não ter visto nenhuma movimentação, mesmo após imagens de câmeras de segurança apontar horário de saída e entrada da casa, além de mostrar nenhuma outra pessoa nas imagens.

Diante dos fatos, foi solicitado ao Instituto de Criminalística o exame pericial na residência dos inquilinos. A perita criminal usou o reagente “luminol”, que identifica a presença de sangue invisível a olho nu. Nos cômodos do casal havia manchas de sangue, assim como na fechadura de acesso ao cômodo da vítima e no banheiro que era usado exclusivamente pelos inquilinos, contou a chefe de investigação.

“O bom trabalho policial nos dias atuais não pode prescindir de cooperação do perito criminal, o qual emprega meios científicos para localizar a prova. Naturalmente, o reconhecimento do trabalho pericial é um incentivo importante para continuidade das ações da Polícia Científica”, diz Daniel Felipetto, Diretor do Instituto de Criminalística do Paraná.