Polícias do Paraná prendem suspeitos de dois latrocínios em Curitiba e litoral 12/05/2015 - 17:56

Dois crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) foram solucionados em conjunto pelas polícias científica, civil e militar do Estado. Dois foram presos suspeitos de assassinar Lindomar de Souza Mattos, 49 anos, na porta de casa em Curitiba e Jorge Luiz Cardoso, 60, dono de uma panificadora em Matinhos, no litoral. A Polícia Científica foi essencial para comprovar a ligação dos dois crimes. Através do laudo pericial, chegou-se a conclusão que os presos Leonardo Moreira, 18 anos e Cleverton Ferreira de Oliveira, 21, utilizaram a mesma arma para cometer os crimes.

Na noite de 10 de fevereiro, na capital, o comerciante Lindomar de Souza Matos, 49 anos, foi rendido em frente à residência onde morava com a família por indivíduos armados. “Dentro da casa, sem qualquer motivo aparente, os autores dispararam contra o filho do comerciante, o que causou a reação da vítima, que também veio a ser atingida”, conta o titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), delegado Osmar Antônio Dechiche. Os suspeitos fugiram sem levar nada, ainda atirando em direção à residência. A vítima faleceu no local.

A investigação apontou que os suspeitos foram para Matinhos, no litoral do Paraná, onde na manhã seguinte tentaram assaltar uma panificadora no bairro Rio da Onça. O roubo foi mal sucedido e Jorge Luiz Cardoso, 60 anos, proprietário do estabelecimento foi alvejado a tiros e morreu na hora. “Os ladrões, insatisfeitos com a quantia de dinheiro roubada, dispararam a sangue frio contra o empresário”, acrescenta o delegado. Na cidade litorânea, Moreira e Oliveira foram presos em flagrante por equipes da Polícia Militar.

CONFRONTO - Como as investigações apontavam para os mesmos autores, o delegado da DFR solicitou ao Poder Judiciário da Comarca de Matinhos a arma utilizada no crime, para confronto balístico. A Polícia Científica, por meio do confronto entre os projéteis retirados das vítimas com a arma apreendida com a dupla, emitiu laudo pericial positivo. O chefe da Seção de Balística Forense do Instituto de Criminalística, Marco Antônio de Souza, contou que o revólver calibre 38 apreendido com os presos foi confrontado com os projéteis retirados das duas vítimas. Após o trabalho do perito criminal Francisco da Silva Martins, foram emitidos laudos que confirmam o uso da mesma arma nos dois assassinatos.

"Os laudos emitidos pela Polícia Científica foram essenciais para auxiliar a Polícia Civil na prisão dos suspeitos. Devido ao poder de rastreabilidade da arma, o perito criminal responsável pelos laudos pôde minuciosamente com o uso do microscópio comparador balístico confrontar as armas com os projéteis e elaborar os laudos", explica Hemerson Bertassoni Alves, Diretor Geral da Polícia Científica do Paraná.

Outra prova para o inquérito foi o reconhecimento fotográfico, feito por testemunhas da primeira ocorrência, na capital. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos suspeitos, que já estão presos no sistema penitenciário, à disposição da Justiça. De acordo com a polícia, Moreira já possuía antecedentes por diversos crimes, como porte de arma e tráfico de drogas. Por sua vez, Oliveira tem condenação por desacato.

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